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Vallda: A poesia num mundo solitário em que toda a gente pode ler!

Decididamente, na poesia como na vida, não se agrada a todos! Uns, pedem-me quadras, outros, pedem-me sonetos e há aqueles que só gostam dos meus poemas sem rima. E como só faço o que gosto,  não o que os outros gostam, apenas tenho o cuidado de selecionar um pouco de tudo, para partilhar, gratuitamente, com quem gosta disto, ou com quem gosta daquilo! A nossa sorte é que a minha inspiração dá para eu escrever de tudo e mais alguma coisa. 
    É relevante refutar que já conheço os meus leitores "Facebookeanos". Sim, se o poeta é Facebokeano, (fui rotulada assim, e aceitando, tento não pensar muito nisso) os seus leitores também são. Aguentem-se, o sol quando nasce é para todos!
Eu sei, exatamente, o que os meus leitores querem, o que gostam e o que, previamente, me vão criticar. Sei quem se vai calar, quem me vai desvalorizar e quem vai amar o que escrevi. São muitos anos a "virar frangos." 
Sei quem aprecia poesia e quem admira o texto poético (duas coisas distintas.) Os que dizem que a poesia sem rima não faz sentido e os que dizem que a quadra popular não é poesia, conheço-os a todos! Sei distinguir os poetas dos escritores de versos (também não são a mesma coisa). Curiosamente, temos muitos escritores de versos bons, diga-se, quase ao nível de um poeta! Há uma grande diferença entre inspiração e criatividade. Feliz de quem possui as duas! E eu também sei quem as tem! Conheço também, os que sentem impulso diário e os escrevem só por ver os outros escrever (isto existe), porém, nada os impede, liberdade de expressão inclui expressão escrita e além disso, um dia dará certo!  
Porque há os que sentem e os que simplesmente, gostam. Mas os leitores, os leitores é que dão brio. Os leitores é que fazem a poesia ser poema, porque a poesia é só do poeta que depois de libertada para o poema poderá ser doada ao leitores! O problema é que os poetas falam cada vez mais e o critico cada vez mais calado, quando supostamente, deveria ser " vice-versa ". 
Ah! Também conheço poetas de gaveta, que não querem nada com o mundo, nem com o crítico, nem elogios, nem mais nada que os atormente a não ser a inquietude de suas palavras no vão da sua solidão, esses, são os únicos que são criticados pelos maiores críticos, que não se calam, efusivamente! A  voz da consciência!

2 comentários:

  1. Maura Sarmento Fernandes28 de outubro de 2019 às 01:05

    Brilhante! Continua a "virar frangos"
    Isto está te no sangue...

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