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Consciências


Hoje acordei com a ligeira sensação que qualquer dia parto eu. Percebi que a geração que me viu nascer está a cair a pique e a voar sem corpos e sem asas.
Mais uma alma que foi para casa.
E mais uma vez, caí em mim porque a vida corre e corre célebre, pois eu julgava que meu cadáver vivo estaria finalmente ativo. Bloqueei! Talvez não! Mas a geração que me viu nascer, realmente, avisa gradualmente, que qualquer dia parto eu, mas sem palavras, avisa sem as palavras porque avisa partindo. É aí que eu entendo mais uma vez onde falho e onde falha quem de mim está próximo.
Sou "caçadora" de gente perfeita e é por isso que estou sozinha, identifico-me com poucos, porque andei em busca de humanos sensíveis, maduros e inteligentes, porém, nem sempre os sensíveis são maduros, nem sempre os inteligentes são sensíveis e nem sempre os maduros são inteligentes...
Perco, falho e caio porque as expetativas perdem-se. E perdem-se porque ao meu redor existem desumanos insensíveis e imaturos (Inteligentes ou não).
Fecharam-me portas, roubaram-me as chaves e deixaram-me no cochilo da vida. Pensei que talvez esses seres mortais e mortíferos achassem que a vida que sempre almejei ter, era um sonho alto onde teria que pagar demasiado caro e nunca me deram a oportunidade de mostrar que estaria disposta a fazê-lo.
Os sonhos foram feitos para ser realizados, caso contrário, seriam (des)ilusões.
É injusto ter que depender de outrem para realizar sonhos.
Eu abominei anticorpos que ousaram bater  de frente comigo, mas hoje, no hoje que eu vivo, possuo paz no espírito porque as pessoas mais bonitas e elegantes que conheci na vida são aquelas que nunca fizeram julgamentos sobre a minha pessoa. E essas existem! Contudo aquela pessoa feia e desleixada, será aquela que sempre reclama, critica e vê o mal em tudo e todos quando não tem maturidade suficiente para encontrar no jogo da vida um prisma bom de um mau facto.
Irritam-me as reações fáceis, só porque sim, o prevalecer do negativismo quando só não há solução para a morte e mesmo tendo algumas mortes um lado positivo. Esgota- me a negritude à minha volta.
A (minha) vida é para ser sonhada e concretizada. Refuto, qualquer dia parto eu!

Vallda

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